TRIBUNA CULTURAL
BRASIL E DINAMARCA, UM CLÁSSICO DA MÚSICA
Formado por um dinamarquês e quatro brasileiros, o Maritaca Quintet lança Waterbikes, inspirado disco instrumental.
O pianista dinamarquês Thomas Clausen é sinônimo de jazz (e) de qualidade. Mas sua paixão pela música brasileira o levou a formar, em 1997, o Thomas Clausen Brazilian Trio, com o baterista Afonso Corrêa e o contrabaixista Fernando de Marco, ambos radicados na Europa. A eles, em 2006, juntaram-se o flautista e saxofonista Teco Cardoso e a flautista Léa Freire, o que deu no Mary Tak Quintet.
Para o mercado brasileiro, em vez de se traduzir por Quinteto Maria Agradecida, o grupo chegou como Maritaca Quintet, quiçá por Maritaca – um outro nome para jandaia, uma ave brasileira – ser o selo por onde nos chega Waterbikes (2008), gravado em Copenhague, Dinamarca, disco que mescla o jazz ao choro, samba e maracatu, aliando aí três visões de Brasil (não apenas os estilos citados): a do estrangeiro Clausen, a dos brasileiros longe de casa, Afonso e Fernando, e a dos brasileiros que continuam residindo aqui, Teco e Léa. Sofisticação e simplicidade caminham lado a lado.
Ela e Clausen, a propósito, assinam a grande maioria do repertório de Waterbikes – oito temas com títulos como Choro, Samba do Gui Gui, Cultura e Alegria, entre outros. As exceções são os clássicos Chega de saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Retrato em branco e preto (Tom Jobim e Chico Buarque), cujas novas roupagens fogem do óbvio: vale lembrar que ano passado a velha bossa nova comemorou 50 anos.
[Tribuna do Nordeste, 18 de janeiro de 2009]
Teu texto me empolgou e fui correndo baixar pra ver coé a boa desse disco. agora tô curiosinha hehe.
se meu texto te empolgou, consegui um dos meus objetivos, risos. que empolgue mais gente. depois me conta o que tu achou. abração!
Zema,>Maritaca também é a “gravadora” independente de Léa Freire, através da qual ela vem divulgando o trabalho de bons músicos no Brasil.>>Abraços1
sim, celijon: é o “selo” a que me refiro no texto, faltou eu frisar a propriedade, risos. obrigado! abração!