
Em 1958 quando o Brasil inventava a Bossa Nova, Roberto Silva estava Descendo o morro, disco de capa e conteúdo bonitos, que mereceria um segundo volume, idem, no ano seguinte.
Nestes dois discos estão gravações antológicas de sucessos obrigatórios em qualquer roda de samba ou discografia de música brasileira: no primeiro Juracy (Antônio Almeida/ Ciro de Sousa), Pisei num despacho (Elpídio Viana/ Geraldo Pereira), Ai, que saudade da Amélia (Ataulfo Alves/ Mário Lago), Falsa baiana (Geraldo Pereira) e A voz do morro (Zé Ketti), entre outras; no segundo Se acaso você chegasse (Felisberto Martins/ Lupicínio Rodrigues), Você está sumindo (Geraldo Pereira/ Jorge de Castro), Escurinho (Geraldo Pereira), Rugas (Ary Monteiro/ Augusto Garcez/ Nelson Cavaquinho) e, entre outras, Maria Tereza (Altamiro Carrilho). Verdadeiras antologias do samba popular brasileiro.
Este par de discos e uma vida inteira dedicada ao gênero valeram-lhe o epíteto de “príncipe do samba”. Assim foi reconhecido e por estas e outras merece todas as homenagens: Roberto Silva faleceu aos 92 anos, na madrugada de ontem. O cantor lutava há seis meses contra um câncer na próstata e quarta-feira passada foi vitimado por um AVC. Lúcido, pediu para voltar para casa, onde morreu na companhia de familiares.
Faleceu na ativa, tendo ido reencontrar-se com esta turma boa que gravou. Um dia desceu o morro, ontem subiu ao céu: o panteão dos que carregam a bandeira do samba, ilustres ou anônimos, com ou sem títulos de nobreza.
Grande amigo Zema, o samba perde um general!
a ele nossas continências!
com ou sem patente, hora dessas já está sambando com boa gente. abração!
Aqui e acolá esse antenado blog nos traz notícias tristes. É a vida.Lamento muito a partida do principe do samba.
Abraços amigo Zema.
Mardônio.
há notícias que não gostaríamos de dar. abraço, mardônio!